Florarome

Continuamos hoje a falar sobre o perfume Chanel Nº 5, mas, desta vez dando enfoque especial a um outro componente da fórmula, o brasileiríssimo óleo essencial de Pau Rosa.

A árvore Pau Rosa, a Aniba Rosaeaodora é nativa da Amazônia, Pará, Amapá e das Guianas, começando a ser explorada já no século XVII como madeira naval.  Conta-se que por volta de 1700, um Bandeirante explorador da Amazônia (provavelmente Raposo Tavares) descobriu a árvore de Pau Rosa e que a partir daí lhe deu a atenção merecida. Os primeiros registros da exploração do Pau Rosa para obtenção do óleo essencial são de 1883, vindos da Guiana Francesa.

 

 

No Brasil, a utilização do óleo de Pau Rosa para o mercado de perfumaria começou em 1920, época em que foi criado o nosso famoso perfume Chanel Nº 5.  Este óleo era muito valorizado por ser rico em Linalol, por ter um efeito fixador e pelas suas notas doces amadeiradas.  A procura deste material cresceu tanto, que nos anos 1950, este óleo essencial chegou a ser o terceiro colocado nas exportações da Amazônia, atrás somente da borracha e da castanha.

Já nos anos 1970 a demanda caiu, não só pelo advento do Linalol sintético, mas porque já não havia tantas árvores para se cortar.  A árvore acabou entrando na lista de espécies ameaçadas em 1992. O Pau Rosa pode chegar a 30 metros, é de crescimento lento e para se obter um tambor de óleo essencial (180 L) são necessárias de 10 a 11 árvores.

Atualmente, o grupo Chanel faz parte da ONG franco-brasileira Pro Natura, que desenvolve programas de sustentabilidade para o manejo do Pau Rosa.  Desta maneira, achou-se um caminho para manter esse maravilhoso óleo essencial entre nós.

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